terça-feira, 10 de agosto de 2010

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Ilegal, e daí?

Kátia Abreu e pecuaristas atacam esforços por uma produção limpa. À frente da CNA, a senadora esquece que ocupa uma cadeira no Congresso, onde deveria defender o cumprimento das leis.

Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) propõe manter na ilegalidade o setor que ela representa. Primeiro, ela foi à Justiça pedir a suspensão da campanha do Ministério Público “Carne Legal”, que recomendava aos consumidores verificar a origem do produto. Conseguiu. Não satisfeita, foi à imprensa para pisar nos acordos que o MP tem feito com frigoríficos para regularizar sua produção na Amazônia. Segundo ela, a carne bovina que vem do bioma não tem origem legal. “E nem tem como ser”, disse, espanando qualquer esperança dos consumidores de que poderão comprar um produto livre de desmatamento e trabalho escravo.

Kátia não foi a única. Esta semana, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) soltou uma carta aberta também mandando às favas os direitos do consumidor. Nela, a entidade critica os frigoríficos Marfrig e JBS por terem assumido compromisso público de não comprar mais gado criado em áreas desmatadas, unidades de conservação e terras indígenas. E ameaçam fazer um boicote a eles, caso continuem tentando limpar sua cadeia de produção.

“O trabalho dos frigoríficos é uma resposta às novas exigências do mercado e dos consumidores. Quando eles dizem que não vão comprar mais de desmatamento, estão exatamente se adequando a essas exigências. E quanto a não comprar mais de áreas protegidas, só estão cumprindo a lei, o que parece estar incomodando a senadora e a Acrimat”, observa Marcio Astrini, da Campanha Amazônia do Greenpeace. “É lamentável ver entidades que deveriam enaltecer os que respeitam a lei incentivando seus associados a práticas ilegais. Estão prestando um desserviço ao próprio setor”.

Sem propor soluções, Kátia Abreu apenas jogou para o alto iniciativas que puxam os produtores para a legalidade. “Acho que esses termos (de ajuste de conduta) são uma farsa, não são factíveis, não serão cumpridos”, disparou, ao jornal Estado de S. Paulo. A senadora se refere aos cerca de 80 Termos de Ajuste de Conduta (TACs) assinados quando procuradores federais do Pará pediram indenização de R$ 2 bilhões por danos ambientais de 11 frigoríficos e 20 fazendas de gado do estado. Uma pequeníssima fatia do problema.

Se fossem contabilizados os danos por toda a Amazônia, os bilhões seriam bem mais gordos. Talvez não tanto quanto o setor da CNA tem lucrado nos mercados internacionais. Maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil levou mais de US$ 4 bilhões em vendas lá fora, só no ano passado. O dinheiro, pelo que diz Katia, parece ser suficiente para justificar a ilegalidade. Mas o passivo deixado pela boiada também não é baixo. Dos mais de 73 milhões de hectares de nossa floresta tropical que já foram para o chão, 80% virou pasto para gado.

Elevado a campeão do setor, o país recebeu outro título por conta das derrubadas: o de quarto maior poluidor do mundo. Mas isso é bobagem para a senadora. Líder do agronegócio, ela sabe bem onde o setor está pisando. É a própria CNA quem dá os dados: 90% dos produtores rurais na Amazônia não têm registrado área de reserva legal – a porção de terra que deve ser preservada em suas propriedades. E o mesmo percentual não tem um documento sequer junto aos órgãos públicos para identificação de seus territórios. Ou seja, aos olhos do Estado, é terra de ninguém.

E é ali mesmo, em área fantasma, que Kátia prefere deixar a pecuária produzindo. Palavras dela: “Hoje não existe rastreabilidade da origem da carne, e a Amazônia será o último lugar onde isso será possível no país”, afirmou, sem dar sinais de ter um mínimo de vontade para mover um um boi e mudar esse caminho.

Sobre a atuação do Ministério Público, a senadora tira da cartola o discurso pronto que todo ruralista adora quando lhe falta argumento: o órgão está “capturado pela ideologia das ONGs”. O que os procuradores estão fazendo, no entanto, não vai um passo além de seus deveres, de fiscalizar o cumprimento das leis no país.

Já os deveres de senadora, Kátia parece ter deixado na gaveta. Trocou os interesses dos cidadãos, no Senado, pelos anseios do agronegócio, na CNA. E em nome das receitas de exportação que a pecuária tem rendido aos seus pares, pouco importa se o dinheiro vem de uma produção que destrói, está fora da lei ou usa mão de obra escrava. "Quem vive do voto do problema realmente deve ficar furioso quando vê iniciativas que buscam soluções", diz Marcio Astrini. O legal mesmo, parece, é o ilegal.



Fonte: Greenpeace Brasil

Declaração de Wenonah Hauter, Diretor Executivo, Food & Water Watch

Salmão Geneticamente Modificado apresenta uma série de riscos para a saúde dos consumidores e o Meio Ambiente


Washington, DC – Em meio a um redemoinho de rumores de que a Food and Drug Administration (FDA) poderá permitir a venda de salmão geneticamente modificado (GM) ao consumidor, começam a ser discutidas as falhas no processo de revisão em torno deste polêmico rompimento da cadeia alimentar natural. A FDA, que foi encarregada de fiscalizar a saúde pública, poderia aprovar o experimento científico que esta gerando muita divisãode divisão logo esta queda - uma decisão que sofre forte oposiçãoo dos consumidores. Se aprovado, o salmão representará o primeiro animal geneticamente modificado vendido como alimento para consumidores desavisados (atualmente, não existem requisitos de rotulagem em vigor para ajudar os consumidores a identificar e evitar os alimentos geneticamente modificados).

Infelizmente, muitos na indústria da aquicultura optam pela peixe trangenico para acelerar a produção do produto. Neste caso, a empresa que esta fazendo lobby para a aprovação pelo FDA, AquaBounty Technologies, quer combinar genes de salmão que controla o hormônio de crescimento com o gene de outro peixe, o faneca oceânico. O gene do peixe faneca oceano iria manter o hormônio de crescimento na produção, criando efetivamente um salmão mutante que cresce duas vezes mais rápido do que a taxa normal.

Infelizmente, os testes da FDA (historicamente usado para determinar se um alimento não-trangenico é seguro) foram estabelecidos antes que os produtos trangenicos tornaram-se realidade e são insuficientes para determinar no longo prazo, consequências imprevisíveis do salmão trangêncio em questão. Em outras palavrs, esses testes ultrapassados não podem determinar a completa alergenicidade e toxicidade do salmão.

E são tóxicas - um estudo recente encomendado pela União Europeia, revelou que peixes que são modificados para crescer mais rápido também têm uma maior tolerância às toxinas em seu ambiente. Os investigadores manifestaram preocupação de que essas duas toxinas e o hormônio de crescimento acabariam nos consumidores.

Além disso, a incapacidade da FDA para testar toda a gama de ameaças à saúde dos consumidores por alimentos trangênicos introduzidos, os testes da agência não incluem uma análise dos impactos dos animais trangênicos no meio ambiente.

Isto é inaceitável, bem como a descoberta dos pesquisadores europeus de que os peixes geneticamente modificados, "têm um efeito considerávelmente muito maior sobre o ambiente natural do que espécies não-transgênicas em criadouros de peixe, quando escapam."

AquaBounty alega que eles vão criar os peixes em instalações terrestres onde é impossível escapar para o oceano, mas e a infinidade de empresas que, sem dúvida, vão correr para a produção de peixes geneticamente modificados em instalações lotadas em mar aberto que já são utilizadas para a produção de peixes? Se a FDA aprovar os peixes geneticamente modificados, esses peixes provavelmente vão escapar de suas instalações de engradados flutuantes no oceano (no momento milhões de salmões escapam a cada ano). Além disso, mesmo se a empresa prometer produzir peixes estéreis incapazes de cruzar com a população selvagem, o rápido crescimento dos peixes trangênicos pode facilmente vencer a competição com os peixes selvagens por recursos naturais.

Estes perigos documentado para a saúde ambiental e do consumidor provam que a desconfiança do público sobre os produtos trangênicos, que se reflete em uma pesquisa recente do Consumer Reports, não é infundada. Uma pesquisa de 2008 revelou que a maioria dos americanos estão preocupados com o consumo de produtos provenientes de animais trangênicos e 95 por cento concorda que estes produtos devem, no mínimo, ser rotulados.

Se os estudos têm revelado os perigos dos alimentos geneticamente modificados e o público tem verbalizado o seu desagrado, como a AquaBounty pode alegar que a FDA está perto de aprovar o seu produto? A realidade é que os consumidores podem manter esses alimentos potencialmente perigosos fora de suas mesas, exigindo que a FDA realize uma revisão detalhada atualizada de qualquer produto trangenico novo, começando com a AquaBounty.

FONTE: Portal do Meio Ambiente