sexta-feira, 25 de julho de 2008

A Hesperian Foundation (uma editora sem fins lucrativos de publicações sobre cuidados de saúde de base comunitária) publicou este ano um guia de referência sobre saúde ambiental, uma obra de grande alcance e utilidade que tem estado em preparação nos últimos anos, constituída por 23 capítulos e 640 páginas que vale a pena pelo menos consultar.
Este documento trata de temas como: promoção da saúde ambiental, direitos ambientais e justiça, protecção dos recursos hídricos, actividade mineira e saúde, agricultura sustentável, agroquímicos, gestão de resíduos, recuperação de áreas degradadas, o problema dos OGMs, florestas, energia limpa, entre muitos outros.

O livro intitula-se "A Community Guide to Environmental Health" e os interessados poderão descarregar gratuitamente a sua versão digital através do seguinte link:
http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=2066&lang=pt
(Note-se que este documento tem cerca de 15 Mb, pelo que convém efectuar o download a partir de uma ligação de boa largura de banda).

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Vírus Sapiens

O homem transformou a natureza através do seu trabalho para suprir suas necessidades fúteis e degradantes, sem perceber os danos que está causando. É comprovado que o planeta Terra está em transição climática constante, porém a ação humana acelera a extinção, o aquecimento global e o esgotamento de recursos renováveis e não-renováveis e logo chegará a grande catástrofe “natural” que enterrará a atual imbecilidade da espécie supostamente mais inteligente.
No Brasil, um exemplo da desmedida ignorância humana é a Amazônia gradualmente desmatada, já chegando a 20% de destruição e a expectativa do fim do pantanal em cerca de 8 anos devido a exploração dos latifundiários criadores de gado , madeireiros e sistemas agrícolas extensivos. Os efeitos não são percebidos em curto tempo, mas serão devastadores se a causa não for controlada. O aquecimento global não é uma hipótese, é eminente, mas os homens com sua noção de poder sobre a natureza extinguem cada vez mais rápido o que lhe faz viver.
A conscientização está em pequenas ações, mudar hábitos não é tão difícil assim. Quando começamos a perceber o impacto que nossos desejos consumistas causam no ambiente natural ao nosso redor, torna-se ainda mais adaptável a idéia de cuidar do futuro, preservar os recursos renováveis, e ensinar a aproveitar resíduos supostamente descartáveis e transformar em arte ou apenas reciclagem.
O homem constrói belos espaços e não se preocupa em preservá-lo limpo, esquece que é um grande poluidor e ninguém se responsabiliza em separar o lixo adequadamente. Se ao menos soubessem o valor e a importância ecológica da reciclagem, pensariam bem antes de simplesmente jogarem o lixo pelas janelas dos carros, nas ruas, nos rios e "no mato". Já existe o reaproveitamento de diversos materiais como papel, coco verde, óleo de cozinha, garrafas Pet... Investir na divulgação do tema de sustentabilidade recorre também ao reaproveitamento de resíduos, onde há lucro e acima de tudo preservação do entorno.
Portanto, chega de esperar que surjam leis que nos obriguem a tomar essas ações de preservação da natureza. É nosso dever humano cuidar do espaço em que vivemos e conservá-lo para as próximas gerações, assim como ajudar o próximo a se aproximar desse sentimento de cuidar da terra e do que nela habita. Incentivar mais a criação de empresas de reciclagem, em vez de latifundiários; a coleta seletiva, mesmo que sem eficiência no início, apenas com a perspectiva de que a natureza destrutiva do vírus homem pode mudar.
Michelle Moraes

terça-feira, 24 de junho de 2008

Para refletir...
O Paradoxo do Nosso Tempo - George Carlin

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito. Escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... Ame muito.Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem! Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

:: Notícias ::
Oceanos se aquecem mais rápido do que previsto, mostra estudo
Índios entregam relatório de desmatamento ao presidente Lula http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2008/junho/20/3.asp
Universitários não conhecem e não se interessam por sustentabilidade

terça-feira, 17 de junho de 2008

O objetivo

O descaso absurdo à preservação da vida, o desrespeito ambiental e social e a exploração humana são as mazelas que muitos sonham em eliminar, mas pouco se fez para conseguir. A poluição se tornou comum aos olhos da população, a falta de educação ambiental chega a ser um aspecto alarmante num país tão rico em recursos naturais. A ditadura que contamina a nação através dos meios de comunicação gratuitos informa os produtos que devemos comprar e como devemos nos comportar, mas não nos diz como devemos nos portar diante da destruição eminente do mundo.

Existir é poluir, se nada for feito para diminuir ou mesmo solucionar essa afirmativa, como pretendemos acreditar que não haverá um fim?

É necessária uma educação que afirme valores e ações que contribuam para a transformação humana e social e para a preservação ecológica, que estimule a criação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas com princípios de sustentabilidade e respeito à biodiversidade. Mas para que isso ocorra, é preciso disponibilizar a biotecnologia moderna para os pequenos fazendeiros e uma série de políticas complementares, e de pessoas que entendam doutrinas e filosofias voltadas ao manejo comunitário da terra e que estejam dispostas a se esforçarem para ver o país se desenvolver e não apenas crescer.

Não basta apenas o saber tecnológico para transformar a natureza, uma postura humanista e ecológica também é importante. Transformando o conhecimento dos modos ancestrais de vida, do conhecimento dos ecossistemas é que haverá a invenção de uma moderna civilização de biomassa, onde a enorme dívida social e ambiental acumulada com o passar dos anos conseguirá ser cancelada. Compartilho as palavras do pensador indiano M. S. Swaminathan: “Uma nova forma de civilização, fundamentada no aproveitamento sustentável dos recursos renováveis, não é apenas possível, mas essencial”.

E é como objetivo a consciência ambiental que disponibilizarei neste blog artigos relacionados à permacultura e ao desenvolvimento sustentável. O primeiro é uma forma de organização de sistemas sustentáveis e permanentes, enfoca a preservação da biodiversidade e a regeneração de terras degradadas e aproveita a energia dos recursos renováveis de forma inteligente e sem desperdícios. O outro é o fim desejável, que se alcança ao atender simultaneamente os critérios de relevância social, prudência ecológica e viabilidade econômica.

É através do compartilhamento de informações que derrubaremos esse modo de vida absurdo baseado no consumo excessivo, despreocupado com os impactos sociais e ambientais do lucro. A revolução ambiental nos impulsionará ao caminho do desenvolvimento sustentável, e o Brasil por estar localizado no clima tropical é vantajoso por permitir produtividade maior que nas zonas temperadas, portanto, combinando a abundância de recursos naturais e baratos, força de trabalho qualificada e conhecimento moderno de biotecnologia há mais chances de atingir o ecodesenvolvimento. Mãos a obra então...

Michelle Moraes


Começo publicando uma entrevista com um dos fundadores da Permacultura, Bill Mollison, por Scott London de 2001. Espero que aproveitem a leitura, sei que não irá se arrepender. O arquivo está em formato word, para baixar clique no link a baixo.

http://www.4shared.com/file/51614657/3ca8c70b/entrevista_com_Bill_Mollison-_Port.html

Algumas notícias importantes:
Honda inicia produção de primeiro carro movido a hidrogênio http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080616_carrohidrogenio_ba.shtml
Semente de 2.000 anos germina e vira planta
:: CAMPANHA PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL ::