terça-feira, 22 de julho de 2008

O Vírus Sapiens

O homem transformou a natureza através do seu trabalho para suprir suas necessidades fúteis e degradantes, sem perceber os danos que está causando. É comprovado que o planeta Terra está em transição climática constante, porém a ação humana acelera a extinção, o aquecimento global e o esgotamento de recursos renováveis e não-renováveis e logo chegará a grande catástrofe “natural” que enterrará a atual imbecilidade da espécie supostamente mais inteligente.
No Brasil, um exemplo da desmedida ignorância humana é a Amazônia gradualmente desmatada, já chegando a 20% de destruição e a expectativa do fim do pantanal em cerca de 8 anos devido a exploração dos latifundiários criadores de gado , madeireiros e sistemas agrícolas extensivos. Os efeitos não são percebidos em curto tempo, mas serão devastadores se a causa não for controlada. O aquecimento global não é uma hipótese, é eminente, mas os homens com sua noção de poder sobre a natureza extinguem cada vez mais rápido o que lhe faz viver.
A conscientização está em pequenas ações, mudar hábitos não é tão difícil assim. Quando começamos a perceber o impacto que nossos desejos consumistas causam no ambiente natural ao nosso redor, torna-se ainda mais adaptável a idéia de cuidar do futuro, preservar os recursos renováveis, e ensinar a aproveitar resíduos supostamente descartáveis e transformar em arte ou apenas reciclagem.
O homem constrói belos espaços e não se preocupa em preservá-lo limpo, esquece que é um grande poluidor e ninguém se responsabiliza em separar o lixo adequadamente. Se ao menos soubessem o valor e a importância ecológica da reciclagem, pensariam bem antes de simplesmente jogarem o lixo pelas janelas dos carros, nas ruas, nos rios e "no mato". Já existe o reaproveitamento de diversos materiais como papel, coco verde, óleo de cozinha, garrafas Pet... Investir na divulgação do tema de sustentabilidade recorre também ao reaproveitamento de resíduos, onde há lucro e acima de tudo preservação do entorno.
Portanto, chega de esperar que surjam leis que nos obriguem a tomar essas ações de preservação da natureza. É nosso dever humano cuidar do espaço em que vivemos e conservá-lo para as próximas gerações, assim como ajudar o próximo a se aproximar desse sentimento de cuidar da terra e do que nela habita. Incentivar mais a criação de empresas de reciclagem, em vez de latifundiários; a coleta seletiva, mesmo que sem eficiência no início, apenas com a perspectiva de que a natureza destrutiva do vírus homem pode mudar.
Michelle Moraes

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